Acaba de chegar aos cinemas o mais novo filme de Guel Arraes. Mais uma vez a poesia em forma de coloquialismo dá o ar da graça no roteiro dirigido pelo diretor do inesquecível Lisbela e o Prisioneiro. Romance conta a história de Ana e Afonso, dois jovens atores, que se apaixonam durante a montagem teatral de Tristão e Isolda. “Ao mesmo tempo que recriam a história deste casal mítico que está na origem de todos os casais românticos, eles tentam descobrir para si próprios uma nova forma de se relacionar, menos trágica e mais livre, porém carregada da mesma emoção. Ao narrar o romance contemporâneo de Ana e Afonso, tendo como pano de fundo o romance clássico de Tristão e Isolda, Romance é uma história de amor e uma história sobre o amor.”
Muito além de um realismo sádico, que nos faz sair do cinema querendo ser um Capitão Nascimento ou com medo de encontrar um Sandro, o cinema brasileiro (assim como as balas perdidas) tem acertado em cheio. Fica aqui também a minha recomendação da adaptação cinematográfica do livro de Saramago. Ensaio sobre a cegueira nos faz refletir desde a importância fisiológica da visão a questões mais filosóficas como organização social e autoritarismo. A produção não é propriamente brasileira, mas Fernando Meirelles está lá dirigindo, pra defender nosso futebol.
Aproveitem a promoção da Ancine, que está ocorrendo este mês para os filmes brasileiros, e paguem menos.
2 comentários:
Bem que o filme parece ser legal. E disseram que o Wagner Moura está bem diferente do Capitão Nascimento.
Eu até quero ir, mas as minhas condições econômicas no momento não permitem. Talvez eu veja quando passar na Sessão da Tarde.
E até a professora Carlinda indicou o filme pro pessoal de Teoria 1. Por conta da relação entre realidade e ficção existente nos personagens do filme, quando atuam nas obras. Sem falar no jogo ficcional de ficção dentro de ficção.
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