Que mundo é esse?

Estava vendo/lendo os jornais desses últimos dias e fiquei pensando na quantidade de guerras que fazemos (nós, como seres "humanos") todos os dias. A última e a "bola da vez" é entre Israel e Palestina, ou melhor, entre Israel e o grupo Hamás.

Pelo visto, as outras milhares de guerras ao redor do mundo - como as do Iraque, Afeganistão, Haiti - e até mesmo dentro de nosso país - como as dos madeireiros na Amazônia e a dos "Sem-alguma coisa", foram esquecidas. Ou realmente alguém acreditou que elas acabaram??? Acho que não.

O que acontece é que a imprensa brasileira prefere falar do violência no Rio e dos novos BBB's, como se fossem as únicas notícias do Brasil. Obviamente isso não é só problema do Brasil, mas de todo o mundo, principalmente dos EUA - não é à toa que os americanos fazem filmes como Turistas. Afinal, para a imprensa inescrupulosa, é isso que o povo quer ver e ouvir. Será?

Será que o povo é realmente tão - desculpem o termo - TAPADO?

A minha esperança reside em pensar que não, e em que um dia essa ordem será subvertida. Sei bem que nada é perfeito ou imperfeito de todo. E isso é principal razão pela qual ainda acredito nos seres Humanos de fato.

Não é uma esperança infundada, creio eu. Por pior que seja a situação, ainda vejo jornalistas bem intencionados tentando levar um pouco da verdade a todos.

Pensando sobre isso, me lembrei de um texto que li em 2001. O texto fora escrito pelo jornalista Fritz Utzeri e foi publicado pelo Jornal do Brasil, em 17 de setembro, por decorrência do ataque que destruiu as Torres Gêmeas.

O texto se chama "Quem cria lobos..." e está disponível no link, mas vou trancrevê-lo na íntegra num próximo post.

Lembro-me bem de quando li. Adolescente e cheia de esperanças (ok, ainda sou este último), querendo fazer do mundo um lugar melhor. E "Quem cria lobos..." me disse tudo aquilo que eu queria falar e não sabia como. Até hoje esse texto é uma referência pra mim e para outros milhares de "esperançosos meio sem esperança".

Hoje, 7 (isso aí, sete) anos depois, vejo a história se repetir em todos os aspectos: guerra, bombardeios, retaliação, milhares de mortes, corpos de inocentes aos montes, todo destaque a um dos conflitos, esquecimento de todos os outros conflitos, as causas nem sequer são mencionadas... Por quê? Por território, por ideais, ou por religião. É o que dizem, mas não sinto que seja a verdade. Na verdade, enxergo como causa principal o dinheiro e o poder.

Por quanto tempo mais? Me pergunto. E não sei dizer a resposta.

Voltando ao texto de Utzeri. Por mais incrível que pareça, este texto, ainda, é muito atual. E não sei de nenhum outro texto que reflita tanto a condição (in)humana que vivemos hoje e ontem.

Vale a pena também dar uma olhada na charge do Aroeira de hoje (11/01/2009). Também fala dessa hipocrisia que nos assola, nesses tempos sombrios.

Pensando bem, não sei não, mas do jeito que vai talvez não dê tempo de acabarmos com o planeta...Antes, acabaremos com nós mesmos.

Contudo, ainda tenho esperança!